Educação Estadual está abandonada em Guanambi
FONTE: MOVIMENTO DOS ESTUDANTES E DOS TERCEIRIZADOS
Estudantes e professores das escolas
estaduais em Guanambi estão insatisfeitos com o tratamento que o Governo do
Estado tem dispensado à educação. Na última sexta-feira (26/08), alunos de
diversas unidades de ensino fizeram uma passeata, no Centro do Município, para
protestar contra as condições em que se encontram as escolas estaduais, devido à
paralisação dos funcionários terceirizados que reivindicam o pagamento de
salários e o cumprimento dos direitos trabalhistas.
De acordo com uma das organizadoras da
manifestação, desde o início do ano que a Secretaria
Estadual da Educação promete e não resolve as questões relacionadas aos
funcionários terceirizados das escolas. Muitos deles estão há sete meses sem
receber salários. A situação, que tem provocado diversas paralisações, pode
prejudicar o ano letivo.
“Devido à falta de funcionários, muitas
escolas não têm condições de funcionar. Se somarmos os dias paralisados, o
resultado é mais de um mês sem aula e milhares de alunos prejudicados” revelou uma estudante, que é aluna do 3º ano do ensino médio do Colégio Modelo Luís
Eduardo Magalhães.
Os estudantes vão aproveitar a presença
do governador Rui Costa em Guanambi neste final de semana, para reivindicar
melhorias nas escolas estaduais no município, que, devido a paralisação dos
funcionários terceirizados, sofrem com problemas de segurança e de condições precárias
de higiene.
À noite e nos finais de semana, as
unidades de ensino estão entregues à própria sorte devido à falta de vigilantes.
Além disso, muitos servidores se encontram em desvio de função, como no Colégio
Modelo Luís Eduardo Magalhães onde a portaria está a cargo de uma merendeira.
Dentre os funcionários paralisados estão merendeiras, seguranças, porteiros,
servidores da área administrativa e de serviços gerais.
As escolas estaduais em Guanambi ainda sofrem
com atrasos no repasse do Faed (Fundo de Assistência Educacional). Uma
funcionária da direção do Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães, que não quis
se identificar por medo de retaliações, afirmou que a unidade de ensino só
recebeu uma das quatro parcelas que tem direito, no valor de R$ 4 mil.
“A escola não tem dinheiro nem para
comprar papel de ofício. Foram os pais dos alunos que doaram. Senão fosse dessa
forma, não tínhamos como fazer as provas da segunda unidade”, revelou indignada
a servidora.
Comentários