Prefeitos baianos resistem a exonerar parentes
POLÍTICA LIVRE
O Ministério Público do Estado (MPE) investiga e já notifica 31 prefeitos baianos por nepotismo. A partir da identificação da prática, o órgão recomenda que o gestor exonere seus parentes de secretarias e demais cargos de confiança (ou comissionados), e quando o pedido não é atendido, a situação vai parara na Justiça. É o caso, por exemplo, da prefeitura de Morro do Chapéu, na Chapada Diamantina. Lá, o prefeito Leo Dourado emprega cinco familiares, incluindo sua mãe e uma prima. Ele informa que já cumpriu a determinação após notificação judicial. O prefeito alega que as outras três pessoas não são seus parentes, mas têm parentesco com secretários. O MPE teve que ir à Justiça também contra o prefeito de Itabuna, Fernando Gomes (DEM). Empossado em 1º de janeiro último, o democrata nomeou sua esposa (Sandra Neilma) como titular da Secretaria de Assistência Social e seu sobrinho Dinailson Oliveira para a pasta da Administração. O prefeito ainda não exonerou os familiares, embora já tenha sido notificado pela Justiça. Ele já exonerou seu filho Sérgio Gomes, que comandava a Secretaria de Transportes. O caso ganhou notoriedade por causa de denúncia da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Tribuna da Bahia