ESTUDOS SOBRE AS RUÍNAS DO CURRAL DE PEDRAS EM PALMAS DE MONTE ALTO

 
A TV LATINHA acompanhou uma expedição no
Parque Estadual da Serra dos Montes Altos
da FG - Faculdade Guanambi.
Expedição visitou o Curral de Pedras, O Alinhamento,
Marrotes das Figuras e a Cachoeira da Mandiroba.
Leia artigo de J.A.Fonseca sobre os mistérios arqueológicos
de Palmas de Monte Alto.



Minas Gerais

Vestígios de um passado:
Cidades e povos perdidos do Brasil - 2ª PARTE
O mito das cidades perdidas da América do Sul, especialmente do Brasil, como o Eldorado,
Manoa, o Gran Paititi, etc., impregnaram com força as mentes ambiciosas dos primeiros
colonizadores que aqui chegaram embalados pelas histórias contadas no Velho Mundo.


Por J. A. FONSECA*
Março/2013



Monte Alto–BA

Nos limites dos municípios de Guanambi e Palmas de Monte Alto, no sul da Bahia, numa região conhecida por Brejo das Pontas, encontra-se em ruínas uma cidade abandonada. É chamada de Santuário de Monte Alto e um grande mistério a envolve, pois é constituída de menires gigantescos, com pedras cortadas e alinhadas, como se se tratasse de construções megalíticas. De outro lado, elas não combinam com as culturas silvícolas encontradas nestas terras quando do descobrimento do Brasil e se tratam, por certo, de restos de outros agrupamentos de povos que aqui viveram em passado mais longínquo.

Segundo o pesquisador Luis Galdino, que lá esteve, este conjunto pétreo possui alinhamentos de pedra dispostas entre si, por uma extensão de, aproximadamente, 1 km, além de se acharem esparsos, restos de construções em pedra de dimensões razoáveis e perfeitamente cinzeladas. Este sítio arqueológico se localiza a cerca de 20 km da cidade de Palmas de Monte Alto, numa região de difícil acesso.

Próximo aos pilares e alinhamentos corre o riacho das Pontas e mais adiante o rio Curral de Pedras, e às suas margens podem ser encontrados rochedos em posicionamento vertical, como se fechassem uma área retangular. Monte Alto e suas ruínas estão lá para serem pesquisadas, pois não se poderiam simplesmente classificá-las como formações naturais atacadas pela erosão e pelas intempéries e, tampouco, que seus autores teriam sido os já conhecidos indígenas brasileiros, que possuíam, como é do conhecimento de todos, uma forma de cultura mais ou menos equivalente em todo o território ocupado por eles, nada tendo a ver com construções desta envergadura.

Conclusão

Que povos teriam sido estes, que cortaram a pedra com grande habilidade e as assentaram com precisão, além dos outros que trabalharam a cerâmica com extrema sensibilidade e arte. Inclusive, destacando o seu aspecto decorativo. Sabemos que as populações indígenas em suas variadas etnias encontradas no Brasil, excetuando-se a tupi e a guarani, que desenvolveram também belos trabalhos de cerâmica, não sabiam trabalhar com a argila tão bem e muito menos com pedras. E sequer estes grupos as utilizavam, pois cultivavam um tipo de vida simples à base de caça e pesca, com a utilização de instrumentos simples de madeira, habitando em ocas construídas também, essencialmente, com a utilização de produtos extraídos da floresta.

Temos ainda a questão das inscrições em pedra de caráter mais sofisticado, sem deixar de mencionar também àquelas de caráter mais cotidiano, considerando o fato de que tais povos indígenas não tinham o hábito de produzir trabalhos desta natureza. Temos aí, sem dúvida - e isto não se pode contestar - uma questão histórica a ser desvendada sobre o passado destas antigas terras brasis, que por certo remontará a um tempo bem anterior ao que os estudiosos vêm-lhe atribuindo.

Na terceira parte deste trabalho vamos tratar destas misteriosas e relevantes inscrições rupestres e cerâmicas encontras em toda a parte e que trazem importantes reflexões sobre os povos que as teriam construído, bem como, ao simbolismo que se acha encerrado nestas figuras e caracteres, muitos dos quais, de origem não conhecida dos povos brasilienses que aqui viviam na época do descobrimento.


* J.A. Fonseca é economista, aposentado, espiritualista, conferencista, pesquisador e escritor, e tem-se aprofundado no estudo da arqueologia brasileira e  realizado incursões em diversas regiões do Brasil  com o intuito de melhor compreender seus mistérios milenares. É articulista do jornal eletrônico Via Fanzine (www.viafanzine.jor.br) e membro do Conselho Editorial do portal UFOVIA.

- Fotos: J.A. Fonseca, Arquivo Gabriele Baraldi e Carlos P. Gomar.
- Ilustrações: J.A. Fonseca.

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- Produção: Pepe Chaves.

Esta matéria foi composta com exclusividade para Via Fanzine©.

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